quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pré-animação-e-depressão-para-começar-as-aulas

Não sei se vocês já começaram as aulas, mas enfim. Na semana passada fui comprar meus materiais para a porra da escola. Sim. E enquanto eu escolhia os cadernos etc, ficava lembrando quando eu tinha uns oito anos e ficava tipo muito animado pra ir pra escola. Muito animado mesmo. Eu sentia essa vontade depois de comprar os materiais né. Só depois mesmo, porque o resto do ano eu queria que acabasse as aulas. Nos meus nove anos de escola (sim, estou na oitava série) sempre fiquei animado depois de comprar meus materiais. E praticamente é assim todos os anos. Menos esse. No início das aulas, sempre tem aquela animação e depressão. Pelo menos pra mim.
Animação.
1º: por rever meus amigos.
2º: por começar a escrever nos cadernos.
Sim meus caros leitores. Sou babaca e ficava ansioso pra começar a escrever nos cadernos.
Depressão.
1º: acordar cedo.
2º: ver a cara dos professores.
3º: ver as pessoas idiotas da escola.
Na boa, não gosto de mais de 90% das pessoas que estudam na minha escola. É muito raro eu encontrar alguém que eu possa compartilhar informações sobre tudo. A maioria das pessoas não gostam das mesmas séries/músicas/filmes que eu gosto então fica difícil. Quando começa as aulas, sempre fico naquela expectativa que eu encontre alguém que eu possa compartilhar as informações. Mas as chances são tipo 0,00001% na verdade. Então por mais esse motivo, minhas aulas são definitivamente um lixo. Juntamente com minhas atuais férias.
Acho que vou parar por aqui, porque já falei muita merda etc. Flw @withoutanylink.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quem me dera ter seis anos pra sempre.

Não sei vocês, mas eu tive uma infância muito boa. Tudo bem que eu não ficava o dia inteiro brincando, me sujando, sorrindo e fazendo arte como nas propagandas de sabão em pó, mas pra que fazer isso se existe teletubbies, não é mesmo? E quando teletubbies acabava, tinha pica pau. E depois chaves, power rangers, bob esponja, três espiãs demais, meninas super poderosas, baby looney tunes, sítio do pica-pau amarelo, pokemon, meu amigo da escola é um macaco, etc etc. Lembro da sensação que eu sentia segundos antes de abrir o kinder ovo, aquela ansiedade e expectativa, só pra depois vir a frustração por ter ganhado mais um brinquedo repetido. Eu comprava a revista Recreio só por causa dos brinquedos. Aliás, eu sempre comprava TUDO só por causa dos brinquedos. Fazia minha mãe comprar aquelas sandálias ridículas que eu sabia que nunca iria usar só pelo brinquedo. E ir ao mercado e ficar sem comprar uma pitchula era pior que morrer. Não que eu já tenho morrido, claro. Odiava o fato de ser café com leite no esconde-esconde e pega-pega. Odiava e amava, na verdade. Era muito bom vencer sempre, mas o sentimento de inferioridade era um saco. Amava a sensação de conseguir roubar a bandeira quando a gente brincava de rouba-bandeira. Pra falar a verdade, eu mais parecia um moleque. Odiava bonecas. Odeio até hoje, aliás. Nunca fui fã de carrinhos, mas uma bola era tudo que eu precisava pra ser feliz. E eu sempre fui o marido quando a gente brincava de casinha. As minhas primas nunca queriam ser o marido, então eu tinha que ser. A minha parte preferida era chegar em casa e falar "querida, cheguei". As vezes eu dava um surto e conseguia ser a esposa. Adorava fazer comida. Mas nada supera a sensação de ficar horas construindo a casa e, quando finalmente conseguir terminar, derrubar tudo em segundos. AAAAH E EU NÃO POSSO ESQUECER AS VEZES QUE EU PEGAVA A CABEÇA DA MINHA IRMÃ E SOCAVA NA PAREDE NÉ AWWWWWWWW. Se eu fizesse isso agora, ficaria sem vida. Mas ok né, a gente supera. O que me revolta é que a parte legal de ser criança acabou, mas a parte chata ainda tá firme e forte. Ainda tenho que escutar os famosos "como você cresceu", "eu limpei a sua bunda" e "lembra de mim? eu peguei você no colo, aw". Se eu fosse grossa e respondesse o que eu realmente pensasse quando era criança, todos iriam rir e achar bonitinho. Mas ai de mim se eu fizer isso agora. É suicídio. Junto com a idade vem as preocupações e responsabilidades. Pior: as estrias, as celulites, a menstruação, os gritos da minha mãe. Pior ainda: não poder  fazer birra, chorar no mercado pra sua mãe comprar yakult,  toddynho e danoninho. Pior que tudo: ser chamada de aborrecente. Enfim, se vocês souberem como se faz pra voltar a ser criança, entrem em contato.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Amizade platônica.

Isso é uma das coisas que mais acontecem no twitter. Você nunca falou com a pessoa, mas sente uma admiração tão grande, profunda e sincera, que chega a ser inexplicável. Quase toda semana alguém no twitter me manda reply dizendo que queria ser meu amigo. É meio assustador porque eu não sabia nem da existência da maioria dessas pessoas. Algumas dizem que gostariam de me conhecer melhor, outras dizem que amam o jeito que eu trato meus amigos, etc. Ás vezes eu me sinto inútil por não poder atender o desejo de todo mundo. Então eu resolvi fazer um texto sobre curiosidades estranhas que eu tenho. Não vou ficar dizendo qual é minha comida preferida, bebiba, idade e essas coisas clichês. Talvez ninguém queira ler e provavelmente a maioria das pessoas que começaram a ler esse post já deve ter fechado a guia, mas vamos lá né.
1. Tenho mania de não ter ninguém atrás de mim quando eu clico em "Sign out" no twitter, principalmente a minha irmã.
2. Quando eu tinha 6 anos, eu chorava TODOS os dias na sala de aula, porque na hora de fazer o cabeçalho e escrever o nome da escola, eu queria colocar o 1 e o 3 na mesma altura, e não conseguia. Aí eu apagava e refazia tantas vezes que rasgava a folha. A frustração me fazia chorar. Aliás, uma das coisas que mais conseguem me fazer chorar é a frustração.
3. Acho que puxei esse lado amizade pro meu pai. Eu valorizo muito os meus amigos. Tenho muitos colegas, mas MELHORES amigos, são poucos. Acho que é por isso que eu sou tão possessiva com relação á eles, é um amor muito doentio, devo admitir.
4. Quando eu leio livros e o narrador diz que algum personagem fez alguma careta ou falou alguma com tal emoção, eu imito. Então se vocês me verem lendo um livro, fazendo cara de dor e dizendo "não, por favor, não!" ao mesmo tempo, é por causa disso.
5. Outra mania que eu tenho ao ler livros, é ficar contando quantas letras e sílabas tem tal palavra e quantas palavras tem na frase, confesso que ás vezes isso me deixa maluca.
6. Não sei se isso é muito normal, mas eu várias vezes me pego beijando a coca cola e dizendo "a mamãe te ama, viu?".
7. Tenho mania de morder a unha. Eu não rôo, nem fico arrancando as carnes em volta. Só mordo.
8. Quando eu tomo banho, sempre tenho que começar a lavar de cima pra baixo. Primeiro o shampoo, depois o condicionador, depois me esfrego, etc.
9. Não consigo segurar o caderno "abraçado" comigo, igual a maioria das meninas seguram. Eu sempre seguro ele só pela mão e fico balançando mesmo, igual os meninos. Aliás, eu nunca fiz o tipo "menininha". Quando eu era bebê, vivia catando lixo na rua e levava pra casa, minha mãe só conseguia tirar os lixos da minha mão quando eu dormia. Assim que fiz uns 9 anos, comecei uma coleção de tampas de garrafas. Eu sempre preferi bola á boneca e sempre odiei rosa. A única coisa normal em mim é que eu amava brincar de casinha e não era muito fã de carrinhos.
10. Sou muito chorona. Tipo, muito mesmo. Muito, muito, muito. Eu choro em tudo. De filmes de terror á desenho animado. A alguns meses, eu chorava mais. Digo com relação a mim, sabe. Até quando não tinha motivos, eu conseguia arranjar um motivo pra chorar. Hoje em dia não, eu quase não choro quando o assunto sou eu. Quando acontece alguma coisa, eu fico mal e só depois de um tempo, consigo chorar. Mas não é um chorar do tipo "ah to morrendo" é mais como se eu não aguentasse mais guardar aquilo e tentasse com todas as minhas forças tirar de dentro de mim através das lágrimas. Mesmo assim eu não consigo fazer isso, porque choro pouco. Óbvio que existem exceções a essa regra.
11. Não me considero uma pessoa depressiva. To mais pra "super-hiper-mega-duper-dramatica" mesmo. Aliás, digamos que eu sou uma pequena porção de ciúmes, amor e drama.
Bom, acho que já deu. E tenho uma dica pra vocês que tem amizade platônica, não só comigo, mas com outras pessoas do twitter: ninguém morde. Se te tratarem mal, é porque realmente não merecem a sua admiração. Tente conversar e manter um diálogo. E tente principalmente engolir a vergonha e timidez e tomar a maior dose de coragem que conseguir. Não é tão difícil. Agora vamos fingir que pelo menos 1 pessoa leu essa porra de texto até o final, só pra eu não me sentir uma completa inútil. Até a próxima, @twotwok_.


PS. Muito obrigada a @laranaoclara, que me deu a ideia do texto.