quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Três vezes quatro


Fala galera.
Então, começo este belo post com uma belíssima notícia para compartilhar convosco: sim, neste bela tarde do dia 29 de dezembro comprei minha tão desejada-querida-foda-linda-pra-caralho camiseta da Red Hot Chili Peppers. No caso, eu nem imaginei que eu poderia comprar ela. Minha colega veio me avisar no msn que abriu uma nova loja de camisetas de banda na minha cidade e também me avisou que a minha tão sonhada camiseta estava lá me esperando. Mas porém, também aconteceram outras coisas no meu dia hoje que eu, neste exato momento, queria comentar ou compartilhar com vocês.

70% do twitter, certa época, tuitava algo sobre "EU JÁ SOU FEIO, E AGORA EM FOTO 3X4 SOU PIOR AINDA". Tenho quase certeza que 69% dessas pessoas havia tirado a porra da foto 3x4 quando era criança e tava fazendo birra. Ou seus pais tinham chantageado ela com "OU VOCÊ TIRA A FOTO OU NÃO GANHA O PRESENTE DE DIA DAS CRIANÇAS" - isso já aconteceu comigo quando meu pai me obrigou a tomar vacina sem chorar. Foi tipo: "ou você deixa a mulher enfiar a agulha em você sem derramar uma lágrima, ou não ganha o relógio." No fim das contas, eu berrei tanto que meu pai falou que ia me comprar o relógio se eu parasse de gritar.

Voltando ao assunto, hoje fui obrigado a ir em um estúdio fotográfico pra tirar uma foto 3x4. Na real, foram três. Eu cheguei lá pensando "puta que pariu, eu tenho que sair sério e eu não consigo sair sério porque eu vou ficar pensando em tanta merda que eu vou começar a rir e eu vou ter um ataque de riso." Daí me chamaram pra ir até o espelho pra arrumar o cabelo. Eu só baguncei meu cabelo ainda mais e a mulher olhou pra mim com uma cara de tipo "OW MULEQUERSON, ISSO É O QUE TU CHAMA DE ARRUMAR O CABELO?" e eu pouco me fodendo, fui lá tirar a foto. Como é de costume, aqueles flashs sempre deixam sequelas na visão do ser humano. Não tem como você não sair de um estúdio sem ficar enxergando um quadradinho em tudo quanto é canto.

Chegou a melhor (pior) hora, que era de escolher uma das 3 fotos. Eu disse pra ela que era pra ela escolher a menos pior. Quando ela veio me entregar, eis que acontece um milagre: EU NÃO TAVA COM NENHUMA MANCHA/ESPINHA NA CARA e eu fiquei: CARALHO, COMO FICOU BOA ESSA FOTO. Então, a moral da história era que: TODO MUNDO FICAVA RIDÍCULO NAS FOTOS PORQUE NAQUELA ÉPOCA NÃO TINHAM TECNOLOGIA SUFICIENTE PRA USAR. Agora, qualquer um fica lindo. Até eu.


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Tudo & Nada


Só pra começar: acho que faz uns 4 meses que eu não escrevo nessa merda aqui. E sim, é por falta de vontade e por falta de o que escrever. E eu to escrevendo esse texto agora sem nenhum assunto definido. É tipo, esquisito. Na real, me deu uma puta saudade do tempo que eu vivia em torno do blog. Eu ficava procurando aqueles concursos lá de textos. NUNCA GANHEI, mas não tem problema. Era legal. Eu era feliz só com isso. E agora é meio, sei lá, idiota. Eu não vou querer reler isso que tecnicamente podemos denominar como um texto, porque aí sim eu não iria postar isso. Tá, to escutando Bidê e tava pensando no que eu poderia ter feito esse ano que poderia ter mudado ou sei lá, poderia ter sido legal. Uma coisa que puta que pariu eu nunca vou esquecer na minha vida, aconteceu ano passado.

Na real, acho que foi a melhor coisa que aconteceu entre ano passado e esse ano. Era umas 10 horas da noite, e eu entrei no google porque eu tava entediado e sem caralho nenhum pra fazer. Eu não sei se existe essa ferramenta ainda, mas era algo do tipo "em tempo real", e eu fui lá procurar sobre tudo e nada. Primeiro, eu não lembro o que eu digitei. Depois, eu pensei "Puts, vou ver se tem algo de novo nessa merda dessa cidade". Fui lá e digitei tecnicamente "Erechim". E apareceu um monte de tweets de merda, que só reclamavam da cidade. E um foi do tipo "NÃO TEM NEM ERECHIM NA LOCATION DO TWITTER" e eu fiquei tipo: porra, quem que tuitou isso? Velho, eu tenho que ver. E EIS QUE APARECE A @NAAHNIGHT.

Uma das primeiras pessoas que eu encontrei aqui da minha cidade que era foda, que gostava do que eu gostava, que era sei lá porra perfeita? No outro dia, eu nem acreditava. Eu ficava "PUTS". E não vou ficar narrando como aconteceu tudo, mas agora ela é minha monera linda caralho amo essa guria NÁ ESSA É UMA DECLARAÇÃO PRA VOCÊ BELEZA. E através da Ná, eu conheci a Layse e a Roberta. E caralho, eu fico imaginando se eu não tivesse feito nada disso. Ou se eu não tivesse entediado e não tivesse procurado o nome da minha cidade no GOOGLE. Na real, isso é tipo uma lição de vida (?) que todo mundo tem que levar cara. Tipo, esse ano foi mais feliz porque essas pessoas entraram na minha vida. ISSO NÃO É UMA RETROSPECTIVA, eu acho. Tá, deve ser. Mas foda-se. Eu escrevo o que eu quero. Ninguém vai ler essa merda mesmo.



Claro que, outras muitas coisas mudaram minha vida esse ano. Não vou ficar citando os nomes aqui porque puta que pariu hein, mas beleza. Esse ano foi um dos mais fodásticos na escola e na minha vida. Passei pro ensino médio, e vou ter que trocar de escola. COMO É ÓTIMO TUA ESCOLA NÃO TER ENSINO MÉDIO. Na real, minha antiga escola. É esquisito usar o termo "antiga escola". Eu não me acostumei com a ideia que eu vou ter que entrar em um colégio que eu não conheço quase ninguém, não conheço a porra dos professores nem aonde é o banheiro. Claro que com o passar do tempo eu vou conhecer tudo isso. Mas a "coisa" é que eu conhecia as pessoas lá da escola. Eu sabia como as coisas funcionavam. Eu conhecia como os professores eram e eu podia sair da sala na maioria das vezes quando eu quisesse porque a gente mandava naquela merda. Tá, a gente não mandava. Claro que não. Mas a gente era amigo da vice-diretora e a gente ia lá pra cima e começava a zuar com a cara dela. E ela zuava com a nossa. E o estranho é que: eu não vou ter nada disso na outra escola. Eu não vou poder acordar as 7h15 e esperar meus colegas pra gente ir junto na escola. Eu vou ter que acordar as 6h porra. As 6h; Eu posso estar fazendo um POUCO de drama, mas vai ser tipo, uma vida nova. E não tem mais como fugir então, vambora.

MAS PORÉM, eu fico um pouco animado com essa coisa de "escola nova". E, pra fechar com chave de ouro os 8 anos na antiga escola, fui no Beto Carrero World com meus amigos e cara, FODA é pouco pra resumir o quão fodástica-perfeita-caralho-a-quatro foi. Eu tava tão ansioso pra chegar lá, que eu dormi no máximo uns 10 minutos em uma viagem de quase 10 horas. E eu não sei como explicar a sensação de ir naqueles brinquedos cara. É tanta adrenalina que tu fica besta. E foi com certeza a melhor viagem que eu fiz na minha vida. Quando cês forem pra lá, lembrem de mim e aproveitem pra caralho, sério. Vão até no Raskapuska, porque até esses brinquedos de criança são fodas.



Eu to achando que eu escrevi demais pra quem tava um tanto quanto enferrujado. Então, quero agradecer par todos que fizeram o meu ano muito melhor, e sei lá, to achando que ninguém vai ler esse texto aqui. Mas eu não ligo, porque na real, este texto me fez lembrar de tanta coisa boa que eu vou ficar feliz pro resto do meu dia. (Os palavrões que constam aqui são mera coincidência.)
                                                                                                                                               




(soffy te amo)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Visita da meia-noite.

No momento em que a vi, reconheci sua figura. Era impossível não fazê-lo. Ela era reconhecível até mesmo entre milhares de pessoas. Se destacava do todo como sangue fresco na imensidão da neve branca. Ela também me reconheceu, deu um pequeno sorriso sem dentes e uma piscadela como quem conta um segredo pra um amigo íntimo. Não gostava disso. Não gostava dela e o do que ela causava em mim. Tinha medo, pavor, assombro. E ela sabia disso. Ela sabia de tudo. Sempre chegava como quem não quer nada, mas eu sabia o que ela queria. Ela se alimentava de mim. Como um aspirador de pó de última geração, ela sugava o pouco de luz que eu conseguira juntar no tempo que ficamos separados. Vinha de mansinho, se aproximando aos poucos, caminhando sem fazer barulho como quem corre descalço na grama. Me dava uma palmadinha nas costas e lá íamos nós de novo. Me trazia presentes. Um pacote atrás do outro de lembranças e pensamentos. Não queria aceitar nenhum, mas ela insistia, dizia que não aceitaria não como resposta. Acabava aceitando, todas as vezes. Abria as lembranças, vasculhava, dava meu melhor sorriso amarelo e agradecia. Oferecia um chá, como toda boa anfitriã. Tomávamos o dito cujo enquanto conversávamos sobre minha infância e sobre as lembranças e pensamentos que ela me trouxera desta vez. Tentava parecer normal, fingir que não sentia a felicidade se esvaindo enquanto ela se alimentava cada vez mais de mim. Não a culpada. Era o trabalho dela, a necessidade dela. Que poderia eu fazer, senão ceder? Ás vezes ela me contava como estava sua vida, se fizera as pazes com a Morte ou reatara o namoro com o Ciúmes. Certa vez, descobri que sua fiel melhor amiga Saudade finalmente estava namorando. Ninguém a queria, diziam todos, pois era instável demais. Após o chá, sentávamos no sofá e ela me consolava. Era quase uma amiga. Já havia me acostumado com sua presença e por vezes chegava a ansiar sua volta. Pelo menos alguém voltava. Ela era egoísta, devo admitir, mas quem não era? E pelo menos ela nunca me deixou na mão, sempre estava lá. Era a melhor companheira e jamais me abandonava. Mesmo nas vezes em que acabei por insultá-la e mandá-la embora, continuou presente e ficando comigo até o fim. Quando eu acabava de chorar e finalmente dormia em seus braços, ela ia embora. Não sem antes deixar um bilhete:

"Até mais, querida. Eu voltarei logo, prometo. Com amor e já com saudades,

Dor."