quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

desculpa se eu nasci

E ai gente, eu to meio enjoada de fazer textos depressivos e mimimi e o caralho a4, enjoada de escrever certo, com parágrafo, letra maiúscula etc etc. Aliás, essa coisa de parágrafo e letra maiúscula me lembra a minha professora da 4ª série fazendo ditados, uma vez ela falou: parágrafo letra maiúscula: era uma vez... E eu comecei a ESCREVER parágrafo letra maiúscula, etc etc. Sim, eu era uma criança com problemas. A minha intenção era escrever sobre como eu não consigo mentir, mas agora comecei a falar da minha professora da 4ª série né? Provavelmente vocês não tão entendendo porra nenhuma, mas uma coisa eu sei que vocês entendem: eu odiava a minha professora da 4ª série. Primeiro que era a MESMA professora o ANO INTEIRO, a mesma voz, as mesmas broncas, a mesma cara feia. Era tipo a minha mãe. E tipo... duas mães é demais né? Mas enfim, chega de falar da minha professora porque ela não merece tanta atenção. Sabe, eu não entendo esses estudantes que quando passam na faculdade ligam pros professores pra agradecer. Se fosse pra mandar tomar no cu, até que ia, mas AGRADECER? Sério, não entendo. Mas voltando ao assunto (que assunto?) sobre mentiras: eu odeio o fato de não conseguir mentir. Eu começo a rir, roer as unhas, fazer cara de débil mental, babar, desviar o olhar e qualquer ser percebe que eu não to falando a verdade. Tudo bem que mentir é ruim e tal, mas e se um dia eu precisar? E se um dia entrarem assaltantes na minha casa e eu precisar mentir que não sei onde tá o dinheiro? Gente, é sério. Uma pessoa precisar saber mentir pra se dar bem na vida. Eu não consigo mentir, ou seja... A coisa mais linda é quando a pessoa diz "eu sei que você tá mentindo, não enrola" e eu respondo "aaaaaah eu não to mentindo *baba escorrendo*". Além de não saber mentir, eu não sei fugir da pergunta. Resumindo: ou eu falo a verdade ou eu falo a verdade. O que no caso é uma coisa péssima no meu relacionamento com os meus pais. Tipo: natália você limpou a casa? Eu: limp... o que vai ter pra janta? Mãe: ta, você não limpou. Sabe, é uma coisa broxante. Mais broxante que isso só coca cola sem gás. Mentir e esconder são coisas diferentes, mas isso não me ajuda muito porque eu também não sei esconder. No fim eu sei que eu vou ter uma vida de merda e acabar morando sozinha com 13 gatos, sem sexo, família e amigos. O que no caso me faz lembrar da minha professora da 4ª série.... Enfim, a minha mente é um loop infinito e eu sei que vocês já cansaram de ler isso aqui. Tchau então e tomara que um dos meus futuros gatos (no caso animais mesmo) seja preto, pelo menos a cor eu posso escolher né? Tipo, eu odeio gatos. Mas como toda velha sem sexo tem gatos... Acho que vou acabar tendo também. É regra: ou você tem sexo, ou você tem gatos. Qual o opção mais viável pra uma pessoa que não consegue mentir? Gatos, óbvio. Tá, o que que eu to falando? Tchau, juro que agora terminou.








Enganei o bobo na casca do ovo, não terminou não. ---> sou o tipo de pessoa que passou dos 5 anos e ainda canta enganei o bobo na casca do ovo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O fim.

Como você vai me entender, se nem eu mesma me entendo? Você nunca entende e nunca vai entender, não sou boa com explicações. Acontece que você quer explicações e quer entender. Eu to cansada, sabe? Não, você não sabe. Não aguento mais. Mas acontece que mesmo não aguentando, eu continuo tentando. O que só me deixa mais confusa ainda. Eu sou um quarto. Um quarto bagunçado e sujo. Sabe aqueles quartos que não se sabe onde as coisas estão? As roupas estão jogadas pelo chão, restos de comida estão por todas as superfícies possíveis e os móveis estão todos quebrados, dilacerados e sujos. É assim que eu me sinto: dilacerada e suja. Mas eu tento arrumar o quarto, tento limpa-lo. Todos os dias, eu limpo ele. E todas as noites, ele se suja novamente e volta a ficar como antes. Acontece que eu já não aguento mais limpar, não aguento mais olha-lo, sorrir e pensar: "dessa vez ele continuará limpo". Eu percebi que o quarto será assim pra sempre, não importa o que eu faça. Percebi que se eu quiser um quarto limpo, terei que arranjar outro. Terei que me mudar. Mas é difícil abandonar a minha bagunça. Ela me atrapalha, não suporto mais ela e mesmo assim... Eu a amo. A amo e não consigo viver sem ela. Mas ultimamente, eu venho me cansando dela. Você entende? Não, você não faz a mínima ideia. É como se eu tivesse me cansado e mesmo assim não conseguisse largar. Como se, mesmo cansada, eu não tivesse me cansado. Eu quero, mas não quero. Eu não quero me importar, não quero mais sofrer. Eu quero acordar desse pesadelo. Tento me entender, entender minhas atitudes... Mas não consigo. É difícil fazer alguma coisa quando tem medo de si mesma, é difícil tomar alguma decisão quando não tem certeza dos seus atos, quando não se confia em si mesma. É difícil. Eu me pergunto o que eu fiz de errado e a única resposta que encontro é tudo. Eu lembro quando nós prometemos que iria ser pra sempre. Você também lembra? Eu me sinto fracassada e acho que esse sentimento nunca vai ter fim. Aliás, parece que nada vai ter fim. Parece que essa coisa ruim que eu sinto vai ser pra sempre. Mas se as coisas boas acabaram, as coisas ruins devem acabar também, né? Por favor, me diga que essas coisas ruins vão acabar. Por favor.

Tumblr_lcyu38kfjw1qbju4oo1_500_large


@twotwok_.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Por que?

Por que eu só erro? Por que eu só sei fazer merda? Por que eu só machuco as pessoas que eu amo? As pessoas que eu mais amo? Por que eu não consigo ser uma boa amiga? Por que eu só te machuco? Por que eu continuo fazendo as coisas, mesmo sabendo que só vai foder tudo? Por que eu te faço chorar, mesmo sabendo que te ver chorar dói em mim de uma forma inexplicável? Por que eu sou assim? Porra, por que? Por que eu não consigo acertar? Por que eu te faço sofrer? Por que eu continuo tentando? Por que eu não consigo viver sem você? Por que eu não tenho coragem? Por que eu sou tão fraca e tão dependente? Por que  tem que ser assim? Será que nunca vai ter fim? Será que isso vai corroer a gente pra sempre? Não vê que eu não sou boa pra você? Sabe o que eu deveria fazer? Deveria fazer você perceber que eu não sou boa pra você. Mas eu nunca faço o que deveria, não é mesmo? Pra quem eu vou correr se eu te perder? Quem vai ficar a madrugada inteira conversando comigo? Quem vai me mandar fotos dos meninos mais tesões do we heart it? Quem vai ser o meu chão? Quem vai me segurar quando eu estiver caindo? Eu faço essas perguntas como se outra pessoa pudesse fazer isso além de você, né. Você não confia mais em mim. Nem eu mesma confio em mim. Aliás, aconselho ninguém a fazer isso. Confiar em mim é suicídio.

Tumblr_lcvagy8dvp1qej43vo1_500_large

@twotwok_

sábado, 20 de novembro de 2010

Um grande amigo.

                             72586_121378254589363_100001515672105_136840_6693369_n_large

Peguei o papel nas mãos pela terceira vez na ultima hora. Ultimamente era sempre assim, pegava, lia, guardava, pegava, lia, guardava. Por que diabos eu não conseguia parar de fazer isso? A merda do papel já estava todo molhado e as palavras eram quase ilegíveis, borradas do jeito que estavam. Mas isso não importava, porque eu havia decorado as palavras daquele bilhete a muito tempo. Estavam gravadas na minha mente. Gravadas não, digamos que estavam coladas, pregadas, gritando lá dentro. Olhei as palavras e imaginei onde você estaria quando as escreveu, em qual posição você estava e qual seria a sua expressão. De todas as palavras, a que mais me chamou a atenção foi "sempre". Lê-la doeu. Me perguntei onde você estava, o que estava fazendo, o que estava pensando. E  a pergunta principal: se você lembrava. Não recebi nenhuma resposta, óbvio. Aliás, quase nunca recebo respostas. De uma hora pra outra, me vi amassando o bilhete e jogando-o na lata de lixo. Fiz isso em um surto de frustração e ódio. Fiquei alguns segundos olhando a lata de lixo até pega-lo de volta e desamassa-lo. Fiquei encarando aquele bilhete cheio de rugas, toda amassado e quebrado. Me identifiquei com ele, era assim que eu me sentia: enrugada, amassada e quebrada. Tentei faze-lo voltar ao normal, mas o caralho do bilhete continuou amassado. Dobrei-o então, com todo o carinho do mundo, e guardei-o. Não voltei a olha-lo depois. Ele, assim como eu, estava amassado e precisava ficar sozinho. Decidi deixá-lo lá, tomara que ele consiga se desamassar sozinho. Tomara que eu também consiga. Daquele dia em diante, o bilhete já não era apenas uma lembrança, ele era um amigo.

@twotwok_

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Angústias.

                    Tumblr_lc4fz9he921qb1aypo1_500_large
Senti uma angústia no peito. Ela era familiar, mas me assustei ao senti-la, como sempre. Fazia um bom tempo que ela não aparecia e me iludi pensando que não apareceria mais. Pois bem, me enganei. Era como uma comichão aqui dentro, me corroendo, sangrando. Um pouco da culpa era minha, vivo abrindo minhas cicatrizes, fazendo-as sangrarem. Decidi tomar um banho, talvez ajudasse. Entrei no chuveiro e coloquei uma música pra tocar, pois um banho sem música não é um banho, certo? A música só me fazia sangrar mais ainda, mas era bom. Comecei a chorar, já não sabia mais distinguir lágrimas, água e sangue. Meu sangue não era vermelho, na verdade ele não tinha cor. Era vazio. Relembrei tudo. As lembranças eram como tapas na cara, uma atrás da outra. As palavras gritavam e faziam caretas para mim. Relembrei madrugadas, manhãs, tardes e noites. Relembrei momentos, risos, confissões e dores. Mas de todas as lembranças, as que mais doíam, eram as das palavras. Tentei descobrir o momento exato em que tudo mudou, talvez assim eu conseguisse perceber o erro. Não consegui, como sempre. Terminei o banho, e admito que me sentia mais leve. Só um pouco, mas mesmo assim, estava mais leve. Me vesti e resolvi dormir. Na verdade, não iria dormir, pois não iria sonhar. Por enquanto, os sonhos não estavam ao meu alcance. Iria apenas me deitar, fechar os olhos e fugir. Fugir de mim. Fugir da pessoa na qual me transformei e tentar encontrar a pessoa que eu era antes. A pessoa que eu era antes de você aparecer. Sabe qual foi o momento mais difícil? Foi o momento em que resolvi parar de tentar. Não desisti, nunca desistiria de você. Mas parei de tentar, não aguentei mais. E isso não significa fraqueza, muito pelo contrário, significa que fui forte o bastante para tentar viver sem algo que amo. Fechei meus olhos e abracei o travesseiro. Talvez, na inconsciência, iria conseguir ficar normal. Digo normal porque a palavra bem, assim como os sonhos, ainda não estava ao meu alcance. Mas um dia ela estará, e é isso que me mantém aqui. Um dia eu irei parar de apenas existir e irei viver. E esse, com toda a certeza do mundo, será o melhor dia da minha vida.

@twotwok_

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Relembrar

Ontem à tarde, cheguei em casa exausto. Fui tomar um banho e me deparei com uma pequena caixa guardada no armário. Naquele momento, não me recordava de onde aquela pequena caixa vermelha teria vindo. Mas como minha curiosidade sempre fala mais alto, fui abrindo-a lentamente. Havia vários papéis, e um deles me chamou a atenção. Era uma carta. Uma carta que tinha escrito a mais ou menos um ano. Nela estava escrita, todos os sentimentos que sentia por uma pessoa. Uma pessoa que tinha sido muito importante para mim. Na verdade, ainda é. Sei que aquelas palavras escritas por mim, nunca serão lidas por quem eu desejo. Mas sempre terei vontade de reler, pois me lembro de como éramos felizes naquele tempo. Mesmo que essa nostalgia me faça sofrer, as lembranças boas sempre virão à tona, e irão me fazer sorrir. De alguma maneira, vou erguer minha cabeça e ficar feliz.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Coisas antigas.


Um dia tudo muda, e pra mim, isso não é bom. Parece que tudo na minha vida mudou. Eu, as pessoas, o tempo, as coisas, tudo. As mudanças são novas e consequentemente nos fazem perder as coisas antigas. Eu amo as coisas antigas, e isso fode tudo. Eu não gosto de mudanças, desculpa. Eu não pedi pra nada mudar, mas mudou. E no fim, sou obrigada a me contentar com a saudade. Sentir saudades de alguém é ruim, mas algo pode ser feito, você pode ver a pessoa. Sentir saudades do passado, das coisas antigas, dói muito, porque não volta. As mudanças podem ajudar, podem ser boas, mas e se eu não quisesse que nada mudasse? E se eu achar que estava perfeito? E se eu quiser voltar no tempo? Voltar e continuar lá, parada, revivendo tudo inúmeras vezes e nunca mais voltar ao presente. Por favor, me diga como eu faço isso? Eu preciso saber.

Até qualquer dia, @twotwok_.