Você se lembra da primeira vez que nós nos vimos? De como você me olhou e fez careta de "argh"? Naquele momento eu te achei o menino mais porco da face da terra. Não que todos os meninos da face da terra não fossem porcos. Aliás, naquela época todos os meninos da face de todos os planetas, e estrelas, e meteoros, eram porcos. Mas quer saber? Depois daquele chiclete dado com a cara mais tô-te-dando-porque-minha-mãe-mandou, você até que ficou um porco bonitinho. Não que você tenha deixado de ser nojento, mas pelo menos era um nojento não-tão-nojento. Confesso que a ideia de ter um menino como melhor amigo nunca me passou pela cabeça. Aliás, ter um menino como qualquer coisa sem ser primo nunca me passou pela cabeça. Mas a minha cabeça nunca foi das melhores e lá estávamos nós, apostando corrida de subida de árvore. Você se lembra?
Se lembra da vez que nós comemos tanta pipoca que não conseguimos ir no aniversário da Sara? E de quando nós brigamos e ficamos uma semana sem se olhar na cara porque você tinha dado duas chupadas a mais na bala que nós dividimos (sim, foi você, e não me venha dizendo que fui eu porque nós brigaremos de novo)? Você se lembra de quando você roubou o meu diário e eu fiquei com tanta raiva que furei o pneu da sua bicicleta, e lá fomos nós de novo a mais uma semana sem se olhar? E da vez que nós batemos naqueles meninos que ficaram gritando "olha os namoradinhos" pra gente? Namoradinhos! Puf! Bobões!
E ah, lembra de quando nós descobrimos o que era sexo e juramos, de dedinho e tudo, que jamais faríamos algo tão nojento e asqueroso (nós nem sabíamos o que era asqueroso na época, mas falávamos sempre que se encaixava na frase)? Você se lembra do beijo na bochecha que me deu na quinta série e de como tudo, absolutamente tudo, mudou? Se lembra dos bilhetes, dar cartinhas e das flores que pegava no canteiro da dona Marta todos os dias pra me dar? Se lembra de quando nós pegamos dois anéis daqueles que vinham em chiclete e "oficializamos" nosso relacionamento? Você se lembra de quando nós decidimos beijar, só pra ver como era, e de como ficamos olhando um pra cara do outro por vinte minutos? Se lembra de quando nós tentamos fugir e no meio do caminho decidimos voltar, nos demos as mãos e fomos andando tranquilamente até a esquina das nossas casas? E de quando tentou me ensinar a soltar pipa e eu acabei com a linha enroscada no pescoço? Você se lembra de quando eu "virei moça" (argh, não acredito que mamãe usou mesmo essa expressão) e resolvi que te odiava? Você se lembra de quando me pediu em namoro e da cara que meu pai fez? Se lembra de quando nos formamos e estudamos feito condenados, até conseguirmos ir pra mesma faculdade? Se lembra do abraço que demos quando vimos que conseguimos? Se lembra de quando nos casamos? De como você tropeçou quando foi entrar em casa me carregando no colo e eu acabei com a cabeça na porta e um galo enorme? Se lembra da vez que pintamos a casa? De como você acabou conseguindo me pintar inteira? Se lembra de como me chamava de querida, docinho, anjo, diamante e flor, só porque eu odiava? E, por Deus, você se lembra que eu te amo? Você se lembra que me ama?
Que diabo! Diga que se lembra.
Por favor. Diga que se lembra.
sábado, 19 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Hoje é o seu dia, que dia mais feliz.
Meu conceito de festa de aniversário: comida de graça. Não me interessa se o aniversariante é gordo, magro, rico, pobre, branco, azul, alto, baixo ou um ET. O que realmente me interessa é a resposta do meu “o que vai ter pra comer?” e só. É toda uma vida de “vamos sair?” “ah, sei não...” “vai ter comida” “que horas você passa pra me pegar?”. Quando a festa é sua você gasta dinheiro e trabalha pros outros encherem a pança e saírem reclamando de bucho cheio. “Vestido de fulana tinha um furinho aqui e uma manchinha acolá”, “Olha só como beltrano engordou, que bujão!” e todos esses comentários não-tenho-igual-então-falo-mal. O gordo ta comendo feito o Rabicó no natal e ta reclamando da comida! Por isso fazer festa é furada. Bom mesmo é ir à dos outros.
Festa de criança só seria melhor se não tivesse criança, porque o resto é perfeito. O resto = comida. Você mal chega e já estão te enfiando salgadinho goela abaixo. Ôh trem bão dimais da conta, sô. Dá até pra ignorar os gritos dos piás e os “dá licença tia (T-I-A) enquanto passam empurrando sua cadeira e te fazendo quase meter a fuça no chão.
Festa de adulto é broxante quando servem aquela galinhada sem galinha. Galinhada é aquela história de não-tenho-dinheiro-pra-dar-comida-boa-e-fiz-isso-porque-é-barato. Pô, gente. Que miséria. Cadê a carne assada? Não força a amizade não, vai.
Outra coisa que força a amizade é esse assunto de 15 anos e toda essa coisa de “virar moça”. Nunca entendi. E se eu quiser virar moça com 16? E se eu não quiser virar moça? O que tem de especial no número 15? E se eu preferir 13? Não faz sentido. Me irrita esses aniversários chiquéééééérrimos onde o pessoal chora como se a guria tivesse descoberto a cura da AIDS. Você tá lá, esperando a comida a comida a comida e tem todo um mimimi olha-só-a-fulana-fez-15-anos-como-nós-a-amamos e homenagens e choro e abraços e fungadas. Só uma coisa: EU NÃO ME IMPORTO. EU QUERO COMER. Pior que aniversario de 15 anos é aniversario de 15 anos de pobre. Deixa eu avisar uma coisa pra vocês: VOCÊS SÃO POBRES. Isso aí, vocês não tem dinheiro pra fazer festa chique só porque a filhinha ta fazendo 15 anos. Mas nããããão, negada vai lá e gasta o olho da fuça pra dar “uma noite de princesa” pra guria. Depois não tem dinheiro nem pra pegar o ônibus e ta com dívida até no cu. Dá a impressão de que ao fazer 15 anos a guria vira uma princesa e vai morar na Disney. Mas surpresa: não muda nada. No outro dia ela ta lá esfregando o chão do banheiro, com o short manchado de Quiboa. Mas ta, não vou julgar. Deixa a guria ter seus 15 minutos de fama. Mas tirem o pé da minha janta! Eu fico o dia inteiro sem comer, guardando barriga pra comer até morrer e nego me enrola com homenagem. Homenagear meu estômago ninguém quer, né.
Falando em estômago...
“Ô MANHÊ, VOCÊ NÃO TINHA UMA SOBRINHA DO FILHO DO SEU PRIMO TERCEIRO QUE TÁ DE ANIVERSÁRIO? O QUE TEM PRA COMER LÁ?”
terça-feira, 4 de outubro de 2011
O melhor presente de natal.
Caro papai,
ontem antes de dormir eu fiquei pensando se você existe, onde está e o que está fazendo. A mamãe disse que você morreu, mas eu não acredito muito nisso não, sabe? Porque a vovó morreu e a mamãe lembra dela e chora, sorri, conta histórias. Quando eu falo de você, a mamãe muda o assunto, vira a cara. Eu acho que você tá em algum lugar por aí, perdido. Onde diabos você tá, papai? Será que você não percebe que eu preciso de você? Todos os meus amigos tem pais, eles brincam com eles, ensinam eles a soltar pipa, dão abraço de feliz aniversário, andam de bicicleta. No dia dos pais, semana passada, a professora mandou a gente fazer um desenho do nosso papai. O meu ficou em branco. A Melanie me perguntou porque eu não desenhava, só pra me machucar. Aquela guria é o diabo. Se você tivesse aqui, você entenderia. Nesse natal eu decidi pedir uma coisa diferente, sempre pedi brinquedos, roupas, viagens. Esse ano o papai noel vai ter mais um pouquinho de trabalho. Eu pedi você. Não me entenda mal, a mamãe é realmente ótima. Mas eu queria ter o seu colo, queria que VOCÊ me contasse histórias antes de dormir. Queria que você me ensinasse como eu devo chegar na Sophie e dizer que gosto dela. Sabe como é, coisa de homem. A mamãe não entende. Você não tava aqui pra ver meus primeiros passos, ouvir minha primeira palavra, assistir minha primeira partida de futebol. O que você fez de tão sério? Por que ninguém me conta nada? Tenho milhõõõõõeeees de teorias. Elas vão de ser abduzido por aliens (essa era uma teoria bem válida ano passado, mas já cresci e entendi que aliens não existem) a fugir de casa. Você fugiu, papai? Por que, papai? Eu queria que você estivesse aqui. O Pedro me contou que o pai dele pega ele no colo pra "levar pra cama", coloca ele no guarda roupa e fala "é aqui a sua cama?". Ele disse que é divertido. Por que você não tá aqui pra fazer isso comigo, papai?
Ainda não sei como farei essa carta chegar até você, vou amarrar em um balão e soltar no vento. Quero que você responda. Melhor: quero que você venha me ver. Eu tô realmente ansioso pro natal, o papai noel não vai me decepcionar. Tudo bem que eu vou ter que colocar mais biscoitos no prato, mas não me importo. Vou te esperar, ok? Não importa se demorar. Talvez você esteja muito longe e demore muito pra chegar, mas tudo bem, não se preocupe. Acordarei cedo todos os dias, verificarei a caixa de correio e prometo não ficar triste e perder a esperança. Vou te esperar pelo tempo que você precisar, papai. Só tente ser um pouquinho rápido, ta bem? Espero te conhecer desde os 3 anos e sei que quando o fizer, será o melhor dia do mundo. Quando você vier, eu prometo PROMETO MESMO, de dedinho e tudo, que vou ser o melhor filho do mundo.
Com amor,
Miguel.
PS.: será que dá pra você trazer um Memory Card? Eu não aguento mais perder meus recordes do GTA e a mamãe não quer me dar.
ontem antes de dormir eu fiquei pensando se você existe, onde está e o que está fazendo. A mamãe disse que você morreu, mas eu não acredito muito nisso não, sabe? Porque a vovó morreu e a mamãe lembra dela e chora, sorri, conta histórias. Quando eu falo de você, a mamãe muda o assunto, vira a cara. Eu acho que você tá em algum lugar por aí, perdido. Onde diabos você tá, papai? Será que você não percebe que eu preciso de você? Todos os meus amigos tem pais, eles brincam com eles, ensinam eles a soltar pipa, dão abraço de feliz aniversário, andam de bicicleta. No dia dos pais, semana passada, a professora mandou a gente fazer um desenho do nosso papai. O meu ficou em branco. A Melanie me perguntou porque eu não desenhava, só pra me machucar. Aquela guria é o diabo. Se você tivesse aqui, você entenderia. Nesse natal eu decidi pedir uma coisa diferente, sempre pedi brinquedos, roupas, viagens. Esse ano o papai noel vai ter mais um pouquinho de trabalho. Eu pedi você. Não me entenda mal, a mamãe é realmente ótima. Mas eu queria ter o seu colo, queria que VOCÊ me contasse histórias antes de dormir. Queria que você me ensinasse como eu devo chegar na Sophie e dizer que gosto dela. Sabe como é, coisa de homem. A mamãe não entende. Você não tava aqui pra ver meus primeiros passos, ouvir minha primeira palavra, assistir minha primeira partida de futebol. O que você fez de tão sério? Por que ninguém me conta nada? Tenho milhõõõõõeeees de teorias. Elas vão de ser abduzido por aliens (essa era uma teoria bem válida ano passado, mas já cresci e entendi que aliens não existem) a fugir de casa. Você fugiu, papai? Por que, papai? Eu queria que você estivesse aqui. O Pedro me contou que o pai dele pega ele no colo pra "levar pra cama", coloca ele no guarda roupa e fala "é aqui a sua cama?". Ele disse que é divertido. Por que você não tá aqui pra fazer isso comigo, papai?
Ainda não sei como farei essa carta chegar até você, vou amarrar em um balão e soltar no vento. Quero que você responda. Melhor: quero que você venha me ver. Eu tô realmente ansioso pro natal, o papai noel não vai me decepcionar. Tudo bem que eu vou ter que colocar mais biscoitos no prato, mas não me importo. Vou te esperar, ok? Não importa se demorar. Talvez você esteja muito longe e demore muito pra chegar, mas tudo bem, não se preocupe. Acordarei cedo todos os dias, verificarei a caixa de correio e prometo não ficar triste e perder a esperança. Vou te esperar pelo tempo que você precisar, papai. Só tente ser um pouquinho rápido, ta bem? Espero te conhecer desde os 3 anos e sei que quando o fizer, será o melhor dia do mundo. Quando você vier, eu prometo PROMETO MESMO, de dedinho e tudo, que vou ser o melhor filho do mundo.
Com amor,
Miguel.
PS.: será que dá pra você trazer um Memory Card? Eu não aguento mais perder meus recordes do GTA e a mamãe não quer me dar.
sábado, 3 de setembro de 2011
Estações e tal
Estava tomando banho, e me peguei pensando em coisas tão idiotas que resolvi fazer esse texto. Tirei a conclusão de que nossas amizades nada mais são do que as fases da natureza. Há certas amizades que são como melões. Ficam do seu lado naquele tempo de alvoroço, agitação, festa, alegria, verão. Depois com qualquer frio, tempestade, elas se vão. E depois, as carombolas aparecem. Elas ficam com você apenas nas estações amenas, em que você não está estável. Está pensativo. Não sabe o que fazer. Não sabe tomar as próprias decisões. Depois.. ela te abandona, e novas carombolas aparecem tempos depois. As carambolas são as que menos fazem diferença em sua vida. Os morangos aparecem, e ficam um longo tempo com você. Ajudam você a tomar decisões. Te esquentam. Te protejem. E alguns não se vão. Ficam até aprodecerem. Não saem do seu lado. Após, a semente começa a sair da fruta, já apodrecida. Você coloca na terra, você cuida, você proteje, e ela continua do seu lado, te cuidando, te protejendo. Depois também, brotam os pêssegos. Os pêssegos são como as carambolas. Pode ser delicioso, prazeiroso, mas sabe, nunca duram muito tempo. Pena que nem todas as vezes, os meus morangos duram para sempre.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Próxima meta: se tornar psicopata.
Por que sentimentos existem? SÉRIO, POR QUE DIABOS SENTIMENTOS EXISTEM? Eu seria muito mais feliz sendo uma serial killer, psicopata, sem sentimentos, que tá pouco se fodendo pra Deus e o mundo. Se bem que até o carinha do Jogos Mortais mostrou que tem um pouquinho de sentimento. Na verdade, a minha teoria é que ele tinha tanto sentimento que acabou ficando louco, fazendo todos aqueles jogos e matando todas aquelas pessoas. Isso enlouquece as pessoas, sabe. Isso de sentir. É como se pra cada dose de amor você pagasse três doses de dor. Por cada sorriso dado fosse arrancadas cinco lágrimas. O que me faz voltar a perguntar: pra que serve a porra do sentimento? Pra foder as nossas vidas? Pra nos dar alegria e depois tirar tudo e nos fazer entrar em depressão profunda estilo não-quero-mais-viver? O pior é que até quando não se sente nada é ruim. Aquele vazio sufocante, um nada, um abismo. Quando não se está sufocado por um turbilhão de sentimentos, se está sufocado pelo vazio. A verdade é que o sentimento mata, mas a falta dele também mata. E aí, o que a gente faz? A gente sofre. A gente espera, na esperança de que um dia passe. E se não passar? Ah, se não passar a gente vive. Ou tenta viver. Os sentimentos pisam na gente, nos amassam, nos moem e nos quebram. A alma é de vidro, e quando se quebra nós temos que tentar concertar. Colando um caco no outro, pedacinho por pedacinho, como quem brinca de Tétris.
domingo, 28 de agosto de 2011
Bom dia é o caralho.
Domingo é um dos piores dias da semana, digo "um dos" porque a segunda-feira tá aí pra provar que o buraco é mais fundo do que se pensa. Segunda continua sendo o primeiro porque nada supera primeiro dia de aula, ressaca, trabalho e todas essas coisas que não deveriam existir. Domingo é tipo aquele aviso que sua novela preferida vai acabar. Você simplesmente não sabe o que fazer. É uma mistura de sábado com segunda terrivelmente cruel. É como misturar sorvete com beterraba. É o dia de sofrer antecipadamente, o dia do tédio, o dia do almoço em família. Ah, o almoço em família. O apocalipse, a era do gelo, o Big Bang. Todo mundo feliz (fingindo felicidade pra ser mais exata), falando de você. Opa, errei. Falando mal de você. Falando de namoradinhos, escola, faculdade, vida, futuro, filhos, netos, bisnetos, tataranetos e os filhos dos filhos dos filhos dos seus tataranetos que nascerão quando a Terra não tiver mais água. Apertando bochecha, te obrigando a dar beijos e abraços, dizendo que "limparam sua bunda", contando coisas que você fazia quando era bebê que eles já contaram tantas vezes que você já tá até lembrando do que fez, mesmo que tenha feito com 2 meses de idade. Será que eles tem um tipo de instinto ou necessidade de puxar assuntos constrangedores? Como quando você só tinha cu e absolutamente nada de bunda, ou como seu pinto era pequeno? Ou eles fazem tipo um complô só pra ver sua cara de puta-que-pariu-me-tirem-daqui?
E ah, obviamente nunca NUNCA N U N C A N-U-N-C-A variam a comida do almoço de domingo. Todo almoço é a mesma comida, morra quem morrer, faça frio, calor, furacão, enchente, terremoto ou toque Cine (o que não deixa de ser uma catástrofe).
Também tem toda aquela questão porra-eu-preciso-dormir-amanhã-tem-aula. Mas não é o tipo porra-eu-preciso-dormir-amanhã-tem-aula que você sente na terça-feira, por exemplo. Pelo simples fato de que você ta sem sono. Você sabe que tem que dormir cedo, mas não consegue dormir cedo porque acordou tarde pra caralho. Parece que tudo se junta pra te fazer sofrer, a TV é ruim, o almoço é ruim, a hora de dormir é ruim, você não tem absolutamente nada pra fazer porque tudo fecha e o único consolo que você tem é que segunda vai ser pior. Espera, isso é consolo?
Cadê a Dilma pra gente propôr que todos os dias sejam sábado, hein? Obama? Ok, acho que esses dois não iam querer.
Saddam Hussein? Bin Laden? Hitler? Ninguém? Poxa gente, ressuscitem aí.
E ah, obviamente nunca NUNCA N U N C A N-U-N-C-A variam a comida do almoço de domingo. Todo almoço é a mesma comida, morra quem morrer, faça frio, calor, furacão, enchente, terremoto ou toque Cine (o que não deixa de ser uma catástrofe).
Também tem toda aquela questão porra-eu-preciso-dormir-amanhã-tem-aula. Mas não é o tipo porra-eu-preciso-dormir-amanhã-tem-aula que você sente na terça-feira, por exemplo. Pelo simples fato de que você ta sem sono. Você sabe que tem que dormir cedo, mas não consegue dormir cedo porque acordou tarde pra caralho. Parece que tudo se junta pra te fazer sofrer, a TV é ruim, o almoço é ruim, a hora de dormir é ruim, você não tem absolutamente nada pra fazer porque tudo fecha e o único consolo que você tem é que segunda vai ser pior. Espera, isso é consolo?
Cadê a Dilma pra gente propôr que todos os dias sejam sábado, hein? Obama? Ok, acho que esses dois não iam querer.
Saddam Hussein? Bin Laden? Hitler? Ninguém? Poxa gente, ressuscitem aí.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Thanks for the ears.
Ser surdo deve ser definitivamente a pior coisa do mundo. Tudo bem que a vida seria bem melhor sem gritos estridentes de manhã da sua mãe do tipo "ACORDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA JÁ SÃO QUASE DUAS HORAS sendo que no caso são 11h VEM ALMOÇARRRRRRRRRRRRRRRRR", mas já pensou como seria viver sem música? Sem aquela sensação de acabei-de-ganhar-o-Oscar quando se escuta uma música nova e ela é BOA PRA CARALHO? Sem aquele desejo de escutar a tal música 24h por dia?
Imaginem como seria não poder ter música depressiva quando se quer morrer? Como seria o mundo pra alguém que não pudesse escutar aquelas vozes que invadem a alma, nos deixam sem ar e arrancam lágrimas como quem arranca pétalas de uma flor? Uma alma sem música é uma alma vazia. É como uma casa abandonada, uma árvore sem folhas, um livro sem palavras.
A música é sempre nossa melhor amiga. Mesmo quando nada e nem ninguém consegue nos entender e nos fazer sentir melhor, ela está lá pra ajudar. Mesmo quando o mundo perde o sentido, quando você está se fodendo pra tudo e todos, ela está lá. Quando ninguém parece te entender, ela está lá. Está lá até quando você mesma não consegue se entender. Está lá explicando o que você sente, pondo em palavras sentimentos que você não conseguiria por nem se sua vida dependesse disso. É impossível odia-la. Você pode não gostar de algum gênero, mas ALGUMA COISA você escuta. E querem saber? Fuck it, fuck the people, fuck the world. 'Cause I have music.
Imaginem como seria não poder ter música depressiva quando se quer morrer? Como seria o mundo pra alguém que não pudesse escutar aquelas vozes que invadem a alma, nos deixam sem ar e arrancam lágrimas como quem arranca pétalas de uma flor? Uma alma sem música é uma alma vazia. É como uma casa abandonada, uma árvore sem folhas, um livro sem palavras.
A música é sempre nossa melhor amiga. Mesmo quando nada e nem ninguém consegue nos entender e nos fazer sentir melhor, ela está lá pra ajudar. Mesmo quando o mundo perde o sentido, quando você está se fodendo pra tudo e todos, ela está lá. Quando ninguém parece te entender, ela está lá. Está lá até quando você mesma não consegue se entender. Está lá explicando o que você sente, pondo em palavras sentimentos que você não conseguiria por nem se sua vida dependesse disso. É impossível odia-la. Você pode não gostar de algum gênero, mas ALGUMA COISA você escuta. E querem saber? Fuck it, fuck the people, fuck the world. 'Cause I have music.
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