domingo, 4 de julho de 2010

Despedida cruél.

Pois bem, você deve ter notado o sumiço das minhas roupas e alguns objetos que pertenciam à mim, e o que restou foi esse papel que estava em cima da cômoda marrom.
Como você já deve ter deduzido, peguei as minhas coisas e larguei-me ao mundo. Estes últimos dias em nosso pequeno apartamento estavam insuportáveis. E como ninguém suspeitava, entrei em depressão. Não achava que isso ia acabar assim. Você saía com seus amigos e amigas e voltava no horário em que eu saía para ir ao trabalho, e batalhar para conquistar um pouco de dinheiro para sustentar você e o bebê. Eu tentava ser o mais presente possível para você e o nosso filho, mas para você, eu falhei. Eu falhei pois não ia junto às suas festas, e às suas bebedeiras, e as vezes eu até agradeço por isso, pois fiquei junto de nosso filho. Acho que o bebê não se lembrará mais de mim. Mas ele precisará muito de você. Então eu lhe peço, cuide bem dele, com todo amor e carinho. E também seja uma mãe presente, como eu fui com ele até ontem. Me perdoe por este ato irracional. Acho que vou para uma pequena cidade na França. Não sei o que vou fazer da minha vida. Acho que nem mais viver eu quero, é. Caso ocorrer o ato de meu suicídio, diga para o nosso filho que eu o amei muito. Não sei preocupe comigo, e nem com minhas decisões. Se a minha morte ocasionada por mim mesmo ocorrer, você será avisada, e peço-lhe que não chore, pois não quero o sofrimento de uma pessoa por algo tão inútil como eu. Tente não falar com ninguém sobre esta carta. Deixei boa parte de meu dinheiro no cofre. Novamente, peço-lhe que me perdoe por isso, e por tudo o que eu te fiz passar. Acho que com isso, todas as peças irão se encaixar, e tudo irá melhoras. Eu amo todos vocês.
Adeus.
tchau, @leeeob.

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